quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Lixo

Qualquer gato, de pequenino
Cava um buraco no chão
Mas o homem, desde menino
O que mais faz é poluição

Fraldas, garrafas, papéis
Borrachas, tintas, jornais
Latas, roupas, cordéis
Sacos, fibras, metais

O ozono tem um buraco
De tamanho descomunal
Viva spray p’ro sovaco
E a gasolina fundamental

Também há o nuclear,
Uma energia fabulosa
Para aos filhos deixar
Como herança venenosa

Temos motas, barcos, carros
Caças, submarinos, torpedos
Vaivéns, satélites bizarros
Novelas com muitos enredos

Guerras, fomes, misérias
Robôt’s, clones, provetas
Sidas, vírus, bactérias
Casamentos entre rabetas

Que futuro é que oferecemos
Aos filhos que tanto amamos
Se o mais “bio” que temos
É a merda que cagamos

Os abutres da sociedade
Falam com tal eloquência
A mentira parece verdade
E à luz da transparência

Nisto tudo o engraçado
É que a culpa não lhes pertence
A culpa é do desgraçado
Que vota, vota e nunca vence

A votar está condenado
“Ai governo que me móis”
Veste-se ao domingo aprumado
E vibra nos “futebóis”

Trocam-lhe as voltas com paleio
E fazem-no com tal veemência
Que o deixam chupar no seio
Mas dão-lhe um nó na inteligência

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2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Ah poeta... Se há coisa de que me posso orgulhar é das minhas amizades ( apesar de ter que rever algumas que só me levam para a má vida ), principalmente quando são assim pessoas cultas!!! Mas no fundo no fundo o que tu gostas sei eu... E também do que és capaz de fazer!!! E ainda te digo mais: É PA SEMPRE!!!

18:49  
Blogger Lambda disse...

Eu também sei do que ele gosta hehehe

12:44  

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